15 de junho de 2011

Two.

03:30. Estou dirigindo de volta para minha casa com a loucura que Billie me disse martelando meus neurônios. Será mesmo um homicídio como ele dissera? Faz sentido... Para um louco como ele. Mas numa coisa ele tem razão. Eu vi a mão sem os dois dedos, de fato o sangue era recém coagulado. Intrigante. A pergunta que ele fizera meia hora atrás está me perturbando. Por que alguém cortaria os dois dedos e depois se jogaria de uma ponte?
Estaciono o carro na garagem e espero o portão fechar batucando no console do carro, sem vontade de sair para o frio. Entro em casa sorrateiramente esperando que meu cachorro aloprado não acordasse. Tarde demais. Eddie - sim, meu cão tem esse nome por causa do Van Halen - estava a minha espera e veio me cheirar abanando seu rabão esbarrando nas coisas. Subimos para o quarto. Troquei minha roupa e fui para cama, fazendo sinal para que ele subisse. E assim ficamos. Ele com a cabeça no meu colo, debaixo do edredon comigo.
03:50. Ouvi um beep vindo do meu notebook. Billie já mandou o arquivo do cidadão sem morte identificada. Imprimi as fotos e o laudo pericial. Tanto a versão policial quanto, claro, a versão do Billie. Voltei para a cama junto de Eddie com a papelada e espalhei pela cama. Encostei-me na cabeceira, e Eddie ficou sentado olhando para as fotos, como se analisasse comigo.

Nenhum comentário: