11 de setembro de 2011

10/09/11.

Então, aqui estou eu para escrever sobre mais um show INESQUECÍVEL que eu tive o prazer de presenciar. WHITESNAKE com a turnê de Forevermore que abriu para JUDAS PRIEST com a turnê Epitath!
Apesar de boa parte de Blumenau ter ficado em baixo da água, e cidades alheias, nós povo guerreiro e rockeiro não desistimos e conseguimos ir. Um parabéns para a Nay Bianchi que saiu do bairro Garcia às 16hrs e chegou no Terminal do Aterro às 20hrs, pegou um barco para fazer a travessia de uma rua alagada e trezentas caronas.
Anyway, saímos de Blumenau 22hrs e fomos para o Posto Maiochi (?) encontrar com o resto do pessoal e meu lindo que pegaram uma van até nós devido o estrago que a enchente fez. De lá partimos para a Galeria do Rock com uma parada em Curitiba para pegar um povinho e num posto para tomar café da manhã. Chegamos na Galeria umas 10hrs, eu e Coyote compramos duas blusas lindas de morrer e 13hr nos reencontramos com o resto para irmos para a Arena Anhembi e enfrentar a fila da tortura fisica e emocionalmente. Nesse meio tempo o Marcelo, nosso guia, fez o sorteio dos brindes e o lindo do Coyote ganhou um cd do Judas! Pela >>terceira<< vez a pessoa do meu lado ganha brinde.
Chegamos na fila e esperamos, esperamos, esperamos e morremos até que a fila andou. E parou. Mas logo começamos a andar, andar e andar, até estarmos dentro da Arena! Uma fase havia passado, agora era correr para o banheiro e correr para pegar lugar na pista e virarmos estátuas. Agora é só esperar pelas 20hrs para o Whitesnake começar e dar boas vindas às dores nas costas e pés. Mas nada do que uma ameaça do show começar para esquecer que alguma hora seus pés ou costas estavam doendo.
20hrs começa a tocar My Generation do grande The Who bem alto, as luzes se apagam e a música vai abaixando gradativamente até que a pontualidade britânica começa... Gritos e mais gritos saíam das bocas dos fãs e um David Coverdale aparece no palco. E o coração, como fica? Com muita emoção e adrenalina! Minha vontade na hora era de virar e abraçar o Coyote por ele estar ali vendo sua banda preferida, mas eu mal conseguia erguer os braços para saudá-los. Whitesnake abre com Best Years seguido de Give Me All Your Love Tonight; Love Ain't No Stranger; Is This Love, essas três endoidaram os fãs fazendo-os cantar loucamente e os lovers de plantão abraçadinhos, continuaram com Steal Your Heart Away; Forevermore; Love Will Set You Free, todas as três do álbum Forevermore e entre Forevermore e Love Will Set You Free houve um duelo de guitarras e depois de Love Will Set You Free teve solo da bateria, prosseguindo com Here I Go Again (que quase chorei, juro); Still Of The Night; Soldier Of Fortune (capela), e para fechar com chave de ouro, Burn/Strombringer levando a galera à loucura e o Coverdale com a bandeira do Brasil enrolada no pescoço como se fosse um cachecol - acabei de descobrir que durante o show do Judas o grandioso Doug Aldrich estava passeando na pista VIP! - Eles estavam se despedindo de nós e nós deles com muitos gritos e aplausos, com We Wish You Well de fundo.
Mais um tempinho esperando por Judas Priest e as dores voltaram em dobro. E a água? ONDE ESTAVA A PORCARIA DA ÁGUA? Se foder hein, desorganização do carai.
E começa Judas Priest, o som bem mais alto que do Whitesnake. Uma abertura fodida começando com Rapid Fire; Metal Gods; Heading Out To The Highway; Judas Rising; Starbreaker; Victim of Change; Never Satisfied; Diamond & Rust; Dawn of Creation; Prophecy; Night Crawler; Turbo Lover; Beyond the Realms of Death; The Sentinel; Blood Red Skies; The Green Manalishi; Breaking the Law, essa o ilustre Halford não disse uma letra se quer da música! Nós que a cantamos, os fãs! Me arrepio só de lembrar e fecharam com Painkiller. Todos pediam por Judas e vieram para o 1º Bis com o ronco da moto vibrando a Arena. Eletrizante! Electric Eye, Hell Bent for Leather e You've Got Another Thing to Comin' foram as músicas do 1º Bis. E claro, para fechar com chave de ouro também, vieram para o 2º bis com Living After Midnight! Exatamente uns minutinhos depois da meia noite. Rob Halford com a bandeira do Brasil e beijou-a demonstrando sua gratidão pelo seus fãs brasileiros. O show foi repleto de pirotecnias que deixou o show mais marcante ainda.
Quem foi, foi. Quem não foi, se fodeu!

12 de agosto de 2011

Bad day

Hoje é um daqueles dias em que eu estou chata. Eu estou reconhecendo que estou chata. Isso não é normal. Boa parte é culpa dos DEZ finais de semanas consecutivos sem ter NENHUM convívio social com os amigos. Tédio depressivo. De março a junho. E de julho até agora, só Itajaí me salva, às vezes.
Mas boa parte dessa minha chatisse foi de lembrar da enchente. Todo dia lembro, claro, mas hoje essa lembrança veio com mais força. O desespero na hora foi amedrontador, óbvio. Mas e a dor no dia seguinte? De ver meus CD's, DVD's, livros, maquiagens, revistas da Roadie Crew, posters, cartas da Wan, tudo isso deu PERDA TOTAL. Coisas materiais nós conseguimos recuperar, agora as pessoais... Meu livro do Richie Kotzen que estava no meu quarto, foi parar no corredor. Alguns saltos foram pro lixo. Roupas com até 10cm de lama, só com lava-jato pra conseguir tirar a lama. Algumas tiveram que ir para a lavanderia. Tem sapatos/roupas/gabides que até hoje encontro lama. Resumindo, o que não estragou foi a geladeira e as bebidas. O resto? Tem coisas que nem vi mais, foram levadas com a correnteza da enchente. Ou deveria dizer rio? Porque com 1,70m de água está mais para um rio. Queria agradecer, de novo, o pessoal da Ki Massas Garcia que não foram atingidos e por isso ajudaram muita, mas MUITA gente mesmo. Iam nas casas das pessoas, pegavam sacos de lixo com roupas e travesseiros para lavar. Mas o mais interessante foi COMO fizeram. Usaram a piscina para tirar o grosso da lama e depois davam duas... Três maquinadas. Se o mundo fosse solidário assim, seria muito melhor. Mas claro que isso é um sonho que nunca vai acontecer.
Antes tomei um banho. E nesse banho deliciosamente gostoso, veio uma lembrança que eu não queria lembrar. Morte do meu cachorro, duas semanas depois da enchente. Eu lembro dele todos os dias, mas lembro dos momentos felizes com ele. Lembro de como ele era feliz conosco, lembro de como fizemos o Diabo a quatro para salvar ele da enchente e lembro que fizemos de tudo para que ele não morresse. Infelizmente, ele se foi. E infelizmente eu lembrei da maneira de como ele morreu e foi aí que eu desabei no chuveiro. Coloquei todas as lágrimas tristes para fora e fique uns dez minutos em baixo da água para criar coragem e sair do banho.
Quando vou para Pomerode com a mãe para ver a obra da nossa casa, nós passamos na frente dessa em que perdemos tudo e vejo com clareza como foi. A dor que fica é pra sempre. A dor de perder o que conquistou durante anos, não some. Mas o fato de nós e meus cães estarem vivos supre essas lembranças. E me arrisco a dizer que se não tivesse aquele veleiro (pode conferir a história algumas postagens atrás) não estaríamos aqui.
E agora estou aqui, desabafando numa cidade que não conheço, que não tenho amigos, nem se quer conhecidos.

7 de agosto de 2011

Fidelidade masculina.

Aqui estou, 1:30a.m., escrevendo pois não consigo dormir devido a uma série de fatores. Pensamentos sobre uma questão que foi discutida no facebook com o Andrei e a Bruna estavam chicoteando os meus neurônios e resolvi falar sobre.

Eis a pergunta mundial que não se cala: Homens conseguem serem fiéis às suas mulheres? Eu realmente prefiro acreditar que sim, nem que seja uma minoria deles, se não eu viveria forever alone, porque não consigo concordar com a ideia da humanidade achar ‘normal’ que os homens possam trair suas mulheres. HOMENS se vocês não conseguem deixar a porcaria do zíper fechado para com as outras, pelo menos não namorem. Ou melhor, não ILUDAM. Sei que na Idade da Pedra os homens poderiam ter várias mulheres e algumas religiões ainda permitem isso, mas estamos nos século XXI, por favor, acordem para a vida. MULHERES, perdoando uma traição, não pensem que seu homem irá mudar. Se ele realmente mudar, parabenize ele e dê mais valor, porque entendam, não é fácil resistir a uma mulher esfregando os seios na cara dele... É, eu não defendo minha laia não. Sei que tem muitas mulheres vagabundas que traem seus maridos. Mas o pior mesmo são aquelas mulheres solteiras que ficam com homens que são comprometidos e SABEM DISSO. Puta que pariu, cadê a dignidade nesse mundo?

Outra situação que me incomoda e nunca vou entender, é que para o mundo, o homem trair a mulher é algo normal. Agora a mulher trair o homem é uma barbaridade. E no caso em que o homem trai a mulher, a mulher também trai o homem, o homem descobre que está sendo traído e vira O BICHO. Mas espera aí... Ele também não trai a mulher dele? Cadê a ‘igualdade’ nesse caso? Por isso, lindos e lindas, sejam fiéis um com os outros. Tenham um relacionamento saudável, com confiança, companheirismo e respeito. Vocês serão mais felizes, sim. Façam sexo, amor, sexo selvagem e o diabo a quatro apenas com seus parceiros e parceiras, right? Se não conseguem fazer isso, FIQUEM SOLTEIROS/AS.

19 de julho de 2011

Posse#Ciúme

Sabe quando o tédio está tão, mas tão forte que você entra em depressão só de pensar no final de semana que vai passar num lugar enquanto queria estar em outro lugar e tudo o que você quer é um teletransportador? Pois bem, bem vindo a esse estágio de tédio.
Eu estava pensando na madrugada passada, o que leva as pessoa pensarem que uma pessoa possessiva é uma pessoa ciumenta? Existem as pessoas possessivas, as pessoas ciumentas, e as pessoas possessivas E ciumentas que são insuportáveis, Deus que me perdoe. Acordem, POSSE É DIFERENTE DE CIÚME.
Eu posso dizer que sou possessiva, claro. Com meus cds e dvds invisíveis, e também com a pessoa que amo, óbvio. Mas antes de tudo, vamos esclarecer uma coisa aqui. Há aqueles possessivos que são tão possessivos que se tornam chatos, e há os simplesmente possessivos. Os extremamentes possessivos geralmente são aqueles que estão 25hrs por dia querendo saber o que seu parceiro/parceira está fazendo. Se preocupar e querer saber o que vai fazer, é uma coisa. Agora, ficar ligando toda hora querendo saber o que tu está fazendo, é demais. Ninguém aguenta. Chega a dar uma impressão de que é ciúme.
Para as pessoas ciumentas, aqui vai a verdade: ciúme = desconfiança. Fato. Quem sente ciúmes não confia no parceiro/parceira. Uma coisa é você fazer cara feia quando vê alguém do sexo oposto dando em cima do parceiro/parceira, mas aí vem o bom senso da pessoa de saber que é o vagabundo/vadia que está dando em cima e não o seu parceiro/parceira. Tem que confiar, just this. Porém se o seu parceiro/parceira der mole e ficar de gracinha com o vagabundo/vadia, abre o olho porque possivelmente vai vir um par de chifres se é que já não estão na sua cabeça.
Outra coisa, parceiros ciumentos e parceira ciumentas, trancar o seu amor numa caixa com sete cadeados e fazer dele gato e sapato, não é nada bom. Namoro não é colocar uma coleira e fazer dele/dela seu bichinho de estimação. Namoro é curtir as coisas juntos, compartilhar as notícias boas e ruins, respeitar e principalmente, valorizar. Se você não sabe fazer isso, só lamento.
Nem sei por que diabos estou escrevendo, deu vontade. Acho que é uma forma de acordar as pessoas ao meu redor, mas não adiantará muita coisa por que a pessoa não vai ler, anyway.

17 de julho de 2011

¬¬

Puta que o pariu, fiz um texto enorme sobre o final de semana com muito rock n' roll em Curitiba mas DEU MERDA e não salvou, estou puta e com preguiça de digitar tudo de novo, outra hora quem sabe eu faço. Vou aproveitar o último minuto e desejar feliz aniversário para o lindo do Coyote que está de aniversário hoje, domingo, 17, fazendo 22 aninhos. Que continue sendo essa pessoa maravilhosa, esse músico gostoso, e meu, claro. HEHE.

6 de julho de 2011

Dawn.

Olá, como vai você? Estou me sentindo meio Pc Siqueira hoje. Aqui estou, 1:40a.m. digitando nas anotações do celular - que está engraçado porque a tela está úmida e o touch screen não funciona direito, então tenho que lutar com ela. Meu celular está suando, anyway - e que depois estarei passando para o computador e para o meu blog (é meio estranho ler e digitar isso agora porque eu já estou passando para o blog, whatever). Como quero meu notebook logo.
Não consigo dormir por uma série de fatores - pensamentos, lembranças, imaginações e claro, o barulho ensurdecedor que atravessa as paredes de casa: ronco da minha mãe.
Estou aqui lembrando de momentos que eu fui tri feliz e não fazia ideia de que essa felicidade perseguiria em minha mente. Metal Fest's, London Pub's, show do Kiss, pizzaria, encontro de motos, abraços, beijos, carinhos, 'eu te amo' sussurrado no ouvido. Tudo isso invade meu cérebro todas as noites quando venho para o meu casulo - cama - e não sei porque (claro que eu sei) meu coração se estufa de saudades.
Está muito frio, pqp. Estou só com os cabelos fora das cobertas, coisa que eu nunca faço porque me sinto sufocada. Aliás, estou sufocada mas só de pensar em tirar a cabeça para o frio congelante, eu aguento mais um pouco.
Então, não é legal digitar tanto tempo no celular, deitada, está dando cãibras. 2:05a.m. mais uma tentativa para dormir. Antes mesmo, minha tentativa foi frustrante. Sabe quando as crianças deitam e contam 'um carneirinho, dois carneirinhos...'? Então, contei até 310! (sem os carneirinhos, claro) e quem disse que o sono veio?
Papais e mamães, não iludam seus filhos dizendo: É só deitar, fechar os olhinhos, contar os carneirinhos que o sono vem. Tudo mentira!

15 de junho de 2011

Two.

03:30. Estou dirigindo de volta para minha casa com a loucura que Billie me disse martelando meus neurônios. Será mesmo um homicídio como ele dissera? Faz sentido... Para um louco como ele. Mas numa coisa ele tem razão. Eu vi a mão sem os dois dedos, de fato o sangue era recém coagulado. Intrigante. A pergunta que ele fizera meia hora atrás está me perturbando. Por que alguém cortaria os dois dedos e depois se jogaria de uma ponte?
Estaciono o carro na garagem e espero o portão fechar batucando no console do carro, sem vontade de sair para o frio. Entro em casa sorrateiramente esperando que meu cachorro aloprado não acordasse. Tarde demais. Eddie - sim, meu cão tem esse nome por causa do Van Halen - estava a minha espera e veio me cheirar abanando seu rabão esbarrando nas coisas. Subimos para o quarto. Troquei minha roupa e fui para cama, fazendo sinal para que ele subisse. E assim ficamos. Ele com a cabeça no meu colo, debaixo do edredon comigo.
03:50. Ouvi um beep vindo do meu notebook. Billie já mandou o arquivo do cidadão sem morte identificada. Imprimi as fotos e o laudo pericial. Tanto a versão policial quanto, claro, a versão do Billie. Voltei para a cama junto de Eddie com a papelada e espalhei pela cama. Encostei-me na cabeceira, e Eddie ficou sentado olhando para as fotos, como se analisasse comigo.

6 de junho de 2011

A Hospedeira.

Ele dá de ombros. "Nós arranjamos coisa suficiente no caminho para ficarmos quietos por alguns meses. Posso dar umas saídas rápidas se você quiser ficar num mesmo lugar só por um tempo. Tenho certeza de que está cansada de fugir."
"Sim, estou", concordo. E respiro fundo para tomar coragem. "Mas se você for, eu vou."
Ele me abraça com mais força.
"Vou admitir, é assim que eu prefiro. O pensamento de ficar separado de você..." Ele ri baixinho. "Não parece loucura dizer que preferiria morrer? Melodramático demais?"
"Não, eu sei o que quer dizer."
[...]
"Não acho que seja preciso você arranjar uma cama de campanha, ainda não."
Sinto os olhos deles em mim, perguntando, mas não consigo olhar para eles. Fico sem graça então, tarde demais. Não tenho palavras.
"A gente fica até a comida acabar, não se preocupe. Já dormi em coisas piores do que este sofá."
"Não foi isso que eu quis dizer", falo, ainda olhando para baixo.
"Você fica com a cama Mel, disso não abro mão."
"Tampouco foi isso o que eu quis dizer." A frase mal chega a ser um sussurro. "O sofá é mais que suficiente para Jamie. Vai demorar um tempão até ele ficar maior. Eu podia dividir a cama com... você."
[...]
"Se eu tivesse de escolher alguém, qualquer um, para ficar perdida num planeta deserto, seria você", sussurro. O sol entre nós ardeu mais quente. "Sempre quro estar com você. E não só para... e não só para conversar. Quando você me toca..." Ouso deixar meus dedos roçarem lentamente a pele macia de seu braço e sinto chamas fluirem das suas pontas agora. Os braços dele se apertam à minha volta. Será que ele sente o fogo? "Não quero que você pare." Quero ser mais exata, mas não consigo encontrar as palavras. Tudo bem. Já fiz bobagem suficiente admitindo o que admiti. "Se você não se sente do mesmo modo, eu compreendo. Vai ver não é o mesmo para você. Tudo bem." Mentiras.
"Oh Mel." suspira ele em meu ouvido, puxando meu rosto para encontrar-se com o dele.
Mais chamas nos lábios dele, mais ardentes do que as outras, calcinantes. Não sei o que estou fazendo, mas ele não parece se importar. As mãos dele estão em meus cabelos, e meu coração está prestes a entrar em combustão. Não posso respirar. Não quero respirar.
Mas os lábios dele vão para as minhas orelhas, e ele segura meu rosto quando tento encontrá-los outra vez.
"Foi um milagre - mais que um milagre - quando encontrei você, Melanie. Agorinha mesmo, se me dessem a escolha entre ter o mundo de volta e você, não seria capaz de abrir mão de você. De salvar cinco bilhões de vidas."
"Isso é errado."
"Muito errado, mas é verdadeiro."
"Jared", sussurro. Tento alcançar seus lábios de novo. Ele se afasta, parecendo ter algo a dizer. O que mais pode haver?
"Mas..."
"Mas?" Como pode haver um mas? O que poderá vir depois de todo esse fogo, que comece por mas?
"Mas você tem 17 anos, Melanie, eu tenho 36."

30 de maio de 2011

Happiness.

Sexta-feira de madrugada. Indo para uma casa de campo, longe da civilização, do trânsito congestionado, da rotina diária. Era onde estávamos indo passar um final de semana entre amigos. Sabe aqueles programas de casais? Pois bem, mas eu estava indo de carona com um amigo. Tivemos um passado, sim, mas somos apenas amigos, certo? Errado. Vou explicar-lhes o porquê ao decorrer desta pequena história do maravilhoso final de semana...

Sexta feira de madrugada a caminho da casa de campo de uns amigos nossos. Até que o carro do meu amigo resolve pifar e não pega de jeito nenhum. No meio do nada, uma pequena serração, um frio de pedrificar o nariz e rachar os lábios.
- Vamos ter de andar até achar um lugar para ficar - falei para ele, olhando a brisa lá fora.
Ele tirou a chave da ignição e saimos do carro. Fechei meu casaco e cruzei meus braços apertando contra meu peito e senti os braços dele em minha volta, andando junto comigo. Meia hora de caminhada que parecia eterna e achamos um desses motéis de beira da estrada. Pegamos um quarto e como só havia uma cama de casal, dividimos. Deitei de um lado me enfiando debaixo dos edredons quentinhos e ele deitou-se do lado.
- Obrigada por antes... Por me proteger do frio.
- Não precisa agradecer, só fiz o que todos os cavalheiros fariam - ele se virou para me olhar, apoiando o braço na cama e segurando o peso do corpo. - Então, vais me dizer por que seu namoro terminou?
Essa pergunta me pegou de surpresa. Eu sei o motivo, mas não quero falar.
- Ah... Apenas não deu certo, sabe, estava com ele mas ao mesmo tempo não estava.
- Sei bem o que é isso.
- Sabe?
- Sei... Porque enquanto estou aqui com você, eu realmente estou aqui. Ouvindo sua respiração, suas palavras, observando seus gestos. Estou aqui em carne, osso e mente. Quando eu estava com as outras eu não estava com elas. Poderia estar em carne e osso, mas não prestava atenção.
- Oh... - Engoli em seco e senti meu peito se estufar com um suspiro, e meu coração pulsar mais rápido.
- A verdade é que, sempre te amei. Mesmo depois de todo esse tempo, meus sentimentos por você não mudaram. Sempre te amei e te amo.
Num gesto rápido fui para perto dele e o abracei apoiando minha cabeça no seu peito, deixando minhas lágrimas escorrerem.
- Então, somos dois. Desde lá, tentei te esquecer, esquecer o que passamos, mas não deu. Não poderia esquecer, porque também te amo, e sempre amei. - Senti os braços dele me envolvendo e apertando contra seu corpo. - E é bom esse abraço se repetir mais vezes, porque fazia muito tempo que eu não me sentia... Segura. Protegida e feliz.
Ele me deitou na cama e veio por cima de mim, passando sua mão na lateral do meu rosto, enxugando minhas lágrimas. Seu rosto se aproximando do meu. Nossos olhos se encontrando. Seus lábios encostando nos meus. Sua mão passeando pela lateral do meu corpo. As minhas unhas passeando pela suas costas nua.
E assim foi nosso final de semana, mais que amigos. Amantes.

18 de maio de 2011

One.

02:25. Registrando meu momento de solidão ao som de Don't Let Me Down, dos eternos The Beatles. Com uma xícara de café para esquentar as mãos. Isso. As mãos e não meu corpo. Para meu corpo tem o edredon me envolvendo com seu abraço macio e deliciosamente gostoso.
Sentada aqui, na frente dessa maquina de escrever eu penso. Penso com meus poucos neurônios que me restam. Não me pergunte no que eu penso porque isso... Há, isso nem eu sei, meu caro. Apenas penso. No vazio. Até enquanto dormimos nós pensamos porque sonhamos por mais que não nos lembramos depois. Mas pensamos. Ah sim, pensamos!
02:32. Meus pensamentos são dispersos por um SMS dizendo: "Precisamos de você aqui, agora!"
Meu parceiro. Meu parceiro de crimes. Viro meu café em dois goles, calçando meu all star e colocando meu sobretudo. Pego a chave do carro, bolsa e desço para a garagem, aquecendo o carro. Abaixo o volume da música tocando Oasis e vou ao encontro de Billie Todd, meu parceiro.
Um corpo que estava no rio debaixo de uma ponte.
- Suspeitam de suicídio. - Diz Todd, esfregando suas mãos uma nas outras.
- E você me tirou de casa por... Suicídio? É isso? O que diachos estou fazendo aqui se é suicídio?
- Eles pensam isso. Eu... Não. Ele não tem o mindinho e o polegar da mão esquerda. E o sangue é recem coagulado. Por que... Por que alguém cortaria os dois dedos e depois se jogaria de uma ponte?
- Porque esse alguém tem disturbios mentais e não estou ligando para isso.
- Ok, então, talvez isso te interesse. - Continuou a falar - John Foreman, 22 anos, solteiro. Morava em frente a uma danceteria onde vivia garotas bonitas e ele levava para seu apartamento depois de muita bebida. Vivia no auge da vida. A melhor parte. Eu é que não seria burro em me matar - brinca com um sorriso atentador. - Além do mais, ele tinha um emprego bom, pagavam bem.
- E...? - Falei com tom sarcástico.
- E que... Certo, desisto. Tu é muito difícil. Mas eu tenho quase certeza... Certeza de que foi um homicídio!
- Certo, meu amigo. Agora faça um favor para nós dois. Fecha essa matraca e me envie a ficha dele completa com as fotos do crime que eu analiso em casa.

Essa sou eu, meus caros, Julie Gessinger, investigadora criminal.

Maravilhoso.

E começa a parte do ano que mais gosto. Poderia ser sempre assim. Frio. Sol fraco. Vento, muito vento. De cortar a pele. Céu azul, uma rede com cachorros abusando. Um livro junto. E claro, a melhor parte disso tudo, café! Café, cerveja, tequila, whisky, quentão. Tudo que esquente. Feijoada e caipirinha, com amigos e rock n' roll. Pra que coisa melhor? Só faltava uma nevezinha, certamente. De noite, edredons, filmes e uma lareira. Claro que a lareira é imaginária, mas futuramente terei.
Melhor parte disso tudo? É você poder sair de casa com casacos, botas, luvas. Couro, muito couro. No verão? Não... No verão você põe um shorts e regata. E ainda sim sua que nem uma égua. Só não fica nua na rua porque não dá.
Essa sou eu, desfrutando e escrevendo nesse frio maravilhoso com um café na minha frente.

13 de maio de 2011

10/03/11.

Estou aqui, na verdade, para descrever o que aconteceu no dia 10 para o dia 11 de março de 2011. O que para alguns pode ter sido uma maravilhosa quinta feira num barzinho. Para muitas pessoas, 90% de Pomerode, foi uma tragédia. Um dia que queríamos esquecer para o resto da vida.

Antes de tudo: havia um veleiro estacionado no gramado do vizinho que estava parado há anos.
20:15. Água na geral. Ligo para minha mãe vir pra casa, antes que ela não entre. Pois nem precisei. Ela me avisou que estava vindo. Chuva. Muita chuva. Chuva grossa, fria, de congelar. Mas quem liga? Enquanto você está levantando as coisas dentro de sua casa e preocupando-se com seus oito cachorros. Quem liga para a chuva gelada? Minha mãe e eu colocamos as comportas nos dois portões. A água já se avançava para dentro. Água? Lama? Os dois? Sim, os dois.
Um pequeno problema: meus cães são racistas. Os pretos não podem ver os caramelos que dá morte.
21:15. Os cães pretos na sala, em cima do sofá e mesa. Os cães caramelos na cozinha em cima da mesa. Água nos nossos joelhos. Meu irmão apareceu com um amigo, levantaram a geladeira e ele tirou o carro da minha mãe da rua e colocou num morro.
De repente, o pavor. Como se tivesse aberto uma represa, aquela água subia e subia. Eu, mãe e OITO cachorros. E meu irmão não voltava. Água acima da cintura!
- Temos que sair daqui – mãe falou. Mas como? Como?! Se eu pegasse dois cães, três e minha mãe três, sobrariam dois. Não conseguiríamos. Eles nadavam mas não nos seguiam, tinha que catar. Chegamos ao portão. Mãe foi empilhando os cães no muro que faltava uns 5cm para a água alcançar. O menor, Joey, caiu na água algumas vezes. E de repente grita o policial (Delegacia Civil é em frente a casa): “To com um teu aqui! Traz eles aqui.” O Joey. O Joey foi parar do outro lado da rua. Não me pergunte como. Pequeninho, patas pequenas, naquela correnteza. Naquele rio. Milagre, só pode. E assim fizemos, levei o grandão que estava comigo e deixei lá, nos bancos que estavam secos, ainda. E voltei para pegar mais dois. Chorando. Apavorada. Em seguida veio minha mãe com três. Laika, a gorda, nadou de volta para casa, achando que teria segurança. Minha mãe voltou para pegá-la. Olhou para nós, na Delegacia. A água chegava. Subia de uma forma destruidora. Minha mãe viu o veleiro. É, aquele veleiro que mencionei. Estava a deriva no terreno. E ela não pensou duas vezes, nadou até lá com a cadela gorda num braço. Chegou no veleiro, abaixou a escadinha e veio. Veio NADANDO apenas com as pernas! Pois não dava mais chão. Deu cãibras nas pernas e ela falava “nós vamos conseguir, Laikazinha. Vamos conseguir.” E conseguiram, chegaram lá onde estávamos. Fomos colocando os cães dentro. Meu irmão, finalmente, chegou. Com os braços erguidos com celular, chave de carros numa sacola. Subi no veleiro e fiquei com os cães, abraçando-os. Desesperada, trêmula. Minha mãe e meu irmão puxaram o veleiro até o pé do morro, onde não tinha mais água. Descemos os cães. Minha mãe sentou no chão e ficou. Pedimos para a vizinha amarrar o veleiro, para não ir embora. Começamos a subir o morro, para ir à vó, a última casa do morro.
Reboquei o Mopy no colo porque não se mexia de tanto medo. Pesado, gordo. De onde tirei forças? Não sei. De onde a mãe tirou forças? Não sei muito menos. No caminho, dois dos cães se perderam. Chegamos na vó. Ela ficou pasma. Deixamos os cães na garagem. Subimos. Tomamos uma ducha.
02:00. Quem conseguia dormir? Só pensava no Dany e na Laika, que se perderam. E tentava não chorar para não desanimar minha mãe mais ainda. Deitamos e nos abraçamos. Era quase 08:00 e acordei. Sem sinal de mãe. Descobri que ela já havia
descido para procurar os cães. Tempo depois, eu tomando café na varanda e aparece minha mãe com a Laika e o Dany. Chorei. Chorei de emoção e fui correndo abraçá-los. E a mãe começou a contar que eles estavam lá em baixo, tentando voltar para a casa, mas a comporta impedia. Dany cheio de lama nas patas. Laika com lama até a metade do corpo. Demos um banhozinho nos dois.
Uma semana depois. O Mopy começou a apresentar hematomas vermelhos no corpo. E a sangrar pelo nariz, pinto, anus, gengiva. Levamos num Hospital Veterinário em Blumenau e lá ele ficou... Internado. E... Nos deixou. No mesmo dia fomos lá ver ele. Estava inchado devido ao corticóide. Mas estava sentadinho, tomando água. Um bom sinal, não? Não. Descartaram Leptospirose e Doença do carrapato, devido à enchente e os sintomas batiam. Então, desconfiaram de Trombocitopenia. E se foi. Nosso anjinho foi para o céu com os outros. Uma parte de mim se foi... De novo. God bless you, Mopy. (26/03/11).

Não me pergunte como eu viveria se nós não conseguíssemos salvar os cães. Deveria estar de molho na cama ainda. Sem coragem de enfrentar o mundo.
-
Aproveito essa postagem também para demonstrar meu desgosto por Pomerode. Pessoas caridosas se matam para cuidar de animais abandonados e por causa de LATIDOS, fazem essa injustiça com a AMA Bichos? Se não querem latidos, tratem de punir essas pessoas que ABANDONAM e MAL TRATAM esses pobres animais indefesos, que nada fazem para a sociedade, além de trazer muito amor e felicidade.

3 de março de 2011

Vida.

Ontem foi meu aniversário, parabéns para mim. E também, claro, parabéns para o Jon Bon Jovi que fez aniversário ontem também! Inclusive estou ouvindo Bon Jovi agora e, me inspirou para escrever. HAHA. It's my life, música que estou ouvindo e que, inclusive, já foi título desse blog.
Na verdade não sei o que quero escrever, apenas estou digitando ouvindo essa música maravilhosa, com essa voz magnífica e a guitarra do Sambora solando. Tem coisa melhor? Não. Até tem, claro. Agora, tem coisa melhor do que ver isso ao VIVO? Lógico que não, ao menos não descobri ainda (a não ser estar com meu namorado, mas isso não se encaixa aqui, haha).
Então, It's my life. DEZOITO ANOS. Bebida, baladas, carteira de motorista, meu Deus! Uma vida se foi, a vida de ir para a escola, de estudar, de brincar nos jardins, de estar com os amigos e amiquinhos, quando criança. De brincar nas ruas: pega-pega, bola, esconde-esconde, polícia e ladrão... E agora, a outra vida está apenas começando, faculdade, empregos, namorado, responsabilidade, muitas farras. Muitos shows, Rock In Rio se aproximando e não tem como perder. Uma outra vida completamente diferente da que toda criança e adolescente levou até os 18... 19 anos.
Um mundo cheio de perigos e armadilhas, com caminhos alternativos que, com certeza, escolherei eles, por inexperiência. Como falei, abri esse blog por bobeira, e não estou escrevendo um texto como sempre escrevo, mas sim o que está passando pelos meus neurônios neste momento. Falando em neurônios, saiu uma reportagem na Super Interessante, de março, sobre: O que pensam os animais. Adorei muito, vale a pena dar uma conferidinha e ver que eles, os animais, prestam - em todos os sentidos - mais que nós, pessoas.
Na foto: meu mais novo inquilino, Joey.