30 de junho de 2009

Marca de nascença.

Quando me perguntam que estilo de música eu ouço, demoro mil anos para responder. Quando me perguntam que estilo de música eu gosto, respondo em seguida. Depois de respondido, eu penso com os meus botões, que não foi totalmente verdade o que eu respondi. Tem dias que estou para o Metal mais pesado e agressivo, tem dias que estou para o Heavy Metal, outros dias para o Punk Rock. E até o nosso Rock brasileiro. Então você saí e escuta, obrigatoriamente, esses sertanejos universitários e afins, você reclama, reclama, reclama. E resmunga, depois se pega cantando. Praga. Isso fica na cabeça, querendo ou não. Afinal, se você fosse para um baile e só tocasse rock, que graça haveria? Tem que ter músicas dançantes, com letras retardadas e melódias insuportáveis, no fim, é isso que faz as noites serem divertidas. E nada que um pouco de alteração na sua corrente sanguinea, ajude a desfrutar da noite.
Mas o que corre no meu sangue, o que domina a minha mente é o Hard Rock e Heavy Metal, e não há quem mude. Não há quem tire isso de mim, nasceu comigo. Minha marca de nascença.

29 de junho de 2009

Careful.

She comes to stirring with sympathy
Stopping the street with your beauty
People say 'she is perfect'
But nobody knows how she is
Careful, she can be dangerous
Careful, she may want your blood
I don't know what it is, but it isn't human
she hypnotize people with his killer look
Penetrating the poison in you
Careful, she is dangerous
Careful, she wants your blood.

27 de junho de 2009

Oi.

Abraham Lincoln e John Kennedy, ambos foram presidentes dos Estados Unidos e assassinados. Kennedy na década de 1960 e Lincoln na década de 1860. O assassino de Lincoln, John Wilkes Booth, um ator conhecido na época e o de Kennedy, Lee Harvey Oswald, um ex-fuzileiro naval. Ambos contêm quinze letras no nome. O sobrenome da secretária de John era Lincoln, e da secretária de Abraham era Kennedy.
Coincidências estranhas, não?

26 de junho de 2009

MJ.

É. O astro, o Rei do Pop, sofreu ontem, 25 de junho, uma parada cardíaca. Por volta das duas da tarde, horário de Los Angeles, sua morte foi confirmada. Tentaram ressucitá-lo por uma hora. Os médicos farão hoje um autópsia para tentar determinar o que causou a parada cardíaca.
O homem que foi o verdadeiro rei da dança tinha programado para esse ano cerca de 50 shows. Conquistou milhares de fãs por todo o mundo, fez trezentas plásticas e a famosa mudança da cor da pele. Um dos maiores ícones da música Pop. Teve seus altos e baixos. E o baixo, com certeza, foi os casos de pedofilia.
Uma notícia assustadora. Deixando muitas pessoas em choque. Há quem diga que ele era o mestre da dança, há quem diga que era um mau caráter. Não importa, o cara foi o REI DO POP, fazendo muito sucesso. Apesar de todo o lucro que obteve durante sua carreira, o cantor morreu com uma dívida de aproximadamente US$ 400 milhões.
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God bless you, Michael Jackson!

24 de junho de 2009

Come on.

Vamos lá garota, onde está você agora? Diga-me para que eu possa sair por essa chuva e te encontrar. Você deve estar andando nesse mundo gigante, sozinha. Perdida. Vamos lá garota, não me decepcione. Há muitas pessoas preocupadas com você. Estão até dizendo que você está morta. Não posso suportar de novo. Diga-me, para que eu possa ir ao seu encontro e proteger-te. Enquanto isso meus pensamentos procuram por memórias suas. Meu corpo molhado sob a chuva continua paralisado. Sem vida. Não consigo enxergar nada. Vamos lá garota, volte para seu lar. Volte, garota. Apenas volte.

23 de junho de 2009

Solidão.

Ela estava certa de que algo a perseguia. Pelas ruas movimentadas e alegres de New York, lá estava ela. Uma mulher não muito diferente das demais, porém havia algo nela que não havia nas outras. Sua bota, seu perfume, seu casaco, eu não sei. Algo fez com que a rua parasse para olhá-la. Estava saindo de seu trabalho, com uma penca de papéis nas mãos. Atormentada. Suas expressões eram de puro estresse. Estava indo para casa e depois teria um encontro. Um encontro com o mais temido da história musical. Um encontro com o rock. Estava indo para um show da banda de seus amigos quando foi tomada por uma onda de perplexidade. Decidiu ir ao show. Chegando lá não encontrou ninguém. Apenas ela, o palco, e o lugar vazio. Espere, havia algo. A mesma coisa que ela sabia que a perseguia. Girava e girava e não apareceu ninguém. Não era um humano, nem um animal. Apenas ela e a solidão.

22 de junho de 2009

Caótico extremo e mais melódico.

Uma parte da entrevista com a banda alemã: Kreator.

Quando o Kreator toca na América do Sul, vocês sempre falam que é uma grande experiência pelo entusiasmo dos fãs. Como você compararia o Brasil de hoje com o daquela época em que vocês vieram pela primeira vez, quando sequer tínhamos estrutura para receber as bandas?
Miland "Mille" Petrozza: As coisas estão melhorando muito nesse sentido e o Brasil está num nível profissional elevado ultimamente. Não dá para comparar com a época em que fomos para aí pela primeira vez, em 1991. Agora as coisas estão bem profissionais, as pessoas sabem trabalhar bem e têm total capacidade de lidar com o equipamento disponível. Além disso, temos uma equipe bastante profissional. Estamos prontos para tocar em qualquer lugar!

Que tipos de diferença vocês sentem tocando no Brasil e em outros países da América do Sul, como Peru, Colômbia, Chile e Argentina?
Mille: O Brasil tem os fãs mais leais e os mais loucos. Não estou dizendo que os outros não sejam assim, mas no Brasil é diferente. Acredito que o Brasil e a Grécia são os países onde o Kreator tem os fãs que realmente entendem o que é a banda.
[...]
Falando em fãs, como é a relação da banda com quem não é leal a ela, já que vocês perdem muito dinheiro em venda de discos por causa da internet?
Mille: Nossos fãs são leais. Temos aqueles que nos seguem desde o início, mas também conquistamos novos fãs. No geral, eles não se contentam com algo de baixa qualidade daqueles MP3 de merda da internet, eles querem o áudio verdadeiro. Você só entenderá o álbum se tivê-lo em mãos e não baixando-o da internet. Aliás, essas pessoas estão roubando material de baixa qualidade e não adquirindo a coisa real. Quando você vai ao cinema, quer ver o filme verdadeiro, com tudo a que tem direito, e não uma merda de uma cópia mal feita em DVD. Bem, algumas pessoas aceitam este tipo de coisa nuam boa e outras não. Temos fãs que não fazem downloads e compram o material original, da mesma forma que temos aqueles que baixam e depois compram o original e ainda os que baixam e não compram nada. Isso é algo que não podemos controlar.

Mas você não acha que agora muitas pessoas que já se sentem satisfeitas de terem apenas os MP3 e não o material físico original e completo?
Mille: Como eu disse, não existe controle e a internet pode lhe "dar" muita coisa de graça. Existem pessoas que não têm dinheiro para gastar e outras que são baixas, mesmo, mas o que precisa ser entendido é que quem faz isso tem que ter consciência de que está prejudicando a banda. Isto significa que elas precisam saber que se no futuro não for lançado nenhum álbum das bandas que elas apreciam, talvez seja pelo fato de que esses grupos não tenham mais dinheiro para produzi-lo e lançá-lo. Se você quer destruir a cena, vá lá e peque seus MP3, faça os downloads de graça na internet. Se quiser ajudar a cena, compre os discos originais.
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É povo, comprem as merdas dos discos, o que custa? (risos).

21 de junho de 2009

Incontrolável.

Nele ninguém manda. Com ele ninguém pode. Deixe que ele faça o seu trabalho, além de jogar sangue para todo o seu corpo, ele dá e recebe amor. Ele é que escolhe as pessoas que ele quer ao seu redor. Você? Há, você é apenas uma estrutura óssea e muscular, com um cérebro que deixa as pessoas inteligentes. Ou não. Mas é ele, o coração que dá a vida à você.
Ele bate descontroladamente quando vê alguém que ele gosta. Você não consegue fazer com que ele bata mais devagar. Teimoso. É como ele quer e ponto final. Um órgão incontrolável. Totalmente ligado aos sentimentos. Retardado.
Quem nunca falou que não tem coração, ou que ele é de pedra, ou trocou por um fígado? As pessoas têm medo de expôr os sentimentos, de mostrar o que o coração sente. Bem que elas fazem. Românticos só se fodem (risos).

18 de junho de 2009

Pacote completo.

O que é felicidade para você? É você sorrir ou ver e fazer os outros sorrirem? Particulamente, eu amo ver os sorrissos das pessoas, expressam tanta coisa, assim como um olhar. Eu amo saber que eles, os meus amigos, estão bem. Eu posso estar nas piores condições do mundo, mas se eles estão bem, de certo modo, eu fico bem.
Me sinto melhor ainda quando estou com eles. No mínimo, prazeroso. Ridiculamente feliz. Ver aqueles sorrisos, aqueles olhos, ouvir aquelas vozes, tudo me deixa fascinada. Terrivelmente confortante. Boba. Me sinto completamente boba com eles.
Vocês devem estar achando que sou retardada ou não tenho família. Família, sim, eu tenho, todos tem. Amigos. Cães. Família de sangue. Quanto ao retardada...bom, admito que sou. Retardada. Possessiva. Orgulhosa. Sarcástica. Convencida em certos momentos (risos). Há quem diga que sou louca e autista. Um pacote completo.

17 de junho de 2009

Onde está?

Sentada na varanda com meu cachorro, ouvindo aquela música, meus pensamentos foram longe. Longe o suficiente para me perguntar o que é amor e onde ele está. E o que é? Andar com alguém de mãos dadas? Sair a noite pela areia da praia, observando a lua e dando risadas? Jantar fora, num restaurante simples mas com comida gostosa? Chegar em casa de noite com a pessoa e ter aquela noite fazendo juras de amor? Ir a uma festa do seus amigos ou um evento e se divertir a noite toda, sabendo que nada de errado acontecerá? Se distanciar de tudo e de todos e ir para aquela fazenda, com uma paisagem de tirar o fôlego, com animais correndo e fazer aquele passeio à cavalo? Tomar banho naquela água gelada do riacho e deitar na grama, fazendo e recebendo carinho? Se entregar inteiramente para a pessoa, junto com a confiança e lealdade, e deixar que o tempo cuide da situação? Simples, porém ao mesmo tempo complicadas, hipóteses vieram na minha cabeça. E se nem tudo fosse tão perfeito assim? E se...você gostasse de alguém que não poderia gostar?
Meus pensamentos foram interrompidos com os cães pulando em mim, querendo brincar ou querendo um pouquinho de atenção. Eles com certeza merecem toda a atenção. Você briga com o cachorro mas ele volta com a colinha entre as pernas e com a cabeça baixa, pedindo desculpas, continuando do seu lado. Quando ele percebe que você deu o braço a torcer, repentinamente muda de estado e coloca o línguão para fora, querendo brincar. Depois cães não são espertos. Se bobiar, são mais que nós. De fato, eles não estão estragando o mundo.

14 de junho de 2009

Hm.

Adrenalina está no ar. Posso sentir o ronco das motos nos meus ouvidos. Chamando para prestigiá-la. E prestigiar todo o resto. O chopp, a cerveja, o capeta, as bandas, os motoqueiros, as pessoas, e o mais essencial numa noite dessas, os amigos. Os motoqueiros procurando pela morte, fazendo as manobras radicais na pista. E os verdadeiros motoqueiros, apreciando a boa música com um copo de bebida na mão. Quem leva uma vida dessas, deve ser feliz. Com trezentas piriguetes dando em cima enquanto deixa a mulher em casa. Há, vou virar homem, tchau.

11 de junho de 2009

Outra vida.

Talvez eu estivesse me iludindo com tudo isso, talvez não. Depois de horas na frente do computador, ouvindo música, me divertindo, procurando me distrair do mundo a fora, resolvi parar tudo, abrir o Microsoft Word e escrever algo. Porém a falta de criatividade me consome e, então, fui para cozinha, em plena madrugada com uma baita lua lá fora, lua cheia por sinal, grande, bonita. Esquentei meu café. Abri a porta sentindo a brisa fria batendo sob meu corpo seminu. Fiquei ali, por horas pensando na vida e imaginando. Como seria a vida de alguém que viaja pelo mundo a fora? Já pensou se você fosse um Rock Star? Nossa que bacana, hein? Tocando e mostrando para seus fãs, suas letras inesquecíveis e solos excepcionalmente excitantes. Se embebedando e ficando louco. Uma vida que, com certeza, a maioria de nós gostaria. Alguém que vocês os admirem muito, Axl Rose, Ozzy Osbourne, Eddie Van Halen, Gene Simmons, Kurt Cobain, Jimi Hendrix? Tanto faz, todos foram, alguns ainda são, astros do Rock. Apesar de que, particularmente, não gosto muito do Kurt, mas admito que fez coisas inimagináveis para a história do rock n’ roll. Cansando de ficar em pé, já com meu corpo gelado devido ao frio, voltei para meu quarto. Caí de duro na cama. Pensando. Pensei comigo no que escrever. Poucos minutos depois, sentei diante do teclado e comecei a digitar. Algumas pessoas fazem com que eu me distraia, mas eu continei. O barulho das teclas batidas já nem escuto mais, fiquei tão fissurada digitando, como se fosse um hobby, ou melhor, é um hobby. Nem olhei para a tela, somente teclado. Teclas, pontuações, números, estava tudo girando ao redor da minha cabeça. Até que, tocou o telefone, madrugada acabava-se, nascer do sol estava por chegar. Quem que iria ligar para mim a essas horas? Pensei comigo mesma. Deixei tocar, estou dormindo, falei sozinha, dando risadas em seguida.
Acordei umas duas da tarde, fiz meu miojo e voltei para o meu bendito computador. Falei com pessoas para me distrair, ouvindo música. Resolvi abrir meu texto novamente. Li e reli e não sabia o que escrever para dar continuidade. Digitei umas cinco vezes a mesma coisa, mas sempre apagava, não ia adiante. Claro que, eu não deixei de falar com meus amigos, não. Eu fiquei me divertindo com eles, esquecendo da minha própria vida. Resolvi então, fazer uma pausa no texto, pegar um café na cozinha e pegar meu cachorrinho que estava lá fora, o Dany. Voltei para meu quarto, com o cão no colo e uma idéia absurda passou por mim. Resolvi sair dessa vida, viver mais a minha vida, não a do computador. Peguei minha bolsa, com pouco dinheiro, e saí andando pela rua a fora. Desanimada, triste, pouco alegre. Depois de um bom tempo andando e os meus pés doendo, parei para descansar, em plena madrugada, frio que gelava a estrutura óssea toda. Fui num posto de conveniência, que por mais absurdo que seja, estava aberto, pedi um café para me esquentar e um mísero pão de queijo que, por menor que ele fosse, matou minha imensa fome. Sentei-me em uma das mesinhas, e fiquei de olho pela redondeza, como quem não queria nada com nada. Apareceu um rapaz, não muito maior que eu, de preto, all star, com uma blusa do Rolling Stones, com fones no ouvido, com certeza ele curtia o bom e o velho rock n' roll. Um rapaz atraente, digamos. Ou melhor, lindo, perfeito. Como não havia outras mesas pois estavam todas ocupadas, só a que eu estava sentada, chamei para sentar-se comigo, claro. Conversa vai e conversa vem. Ambos já congelados devido ao frio. Ele me ofereceu carona. Peguei o endereço dele e o telefone, para continuarmos mantendo contato. Ele me deixou em casa, fechei a porta, e encostei minhas costas nela, suspirando, com um ar de felicidade.
Um tempo depois, eu fiquei mais que decidida, eu queria, eu precisava dele, era só ouvir a voz dele que minhas pernas ficavam bambas, não as sentia. Como nós já somos íntimos, quando ele chega perto de mim, eu sinto um calafrio, alguma coisa dentro de mim quer que eu o beije, mas sempre resisto. Mas, eu queria, precisava dele por perto. Só não sabia como fazer, pensava, repensava, passava noites em claro pensando no que e como falar a ele. Tomei coragem e conversei com ele. Fiquei ansiosa, não sabia... Não teria nem idéia em onde isso iria parar. No que resultaria?
Minha barriga está doendo de ansiedade, eu estou tremendo, ao mesmo tempo, de certo modo, eu estou boba. E então, chegou o inesperado, ele me pediu em namoro, meu coração havia saído do corpo, pude senti-lo batendo no ar, pulsando rapidamente. Com um sorriso de orelha a orelha, me sentindo no ar, na lua, Japão, plutão, onde queiram... Enfim, eu estava realmente feliz! Dias de felicidades estavam por vir, e vieram.
Uma noite linda e perfeita de amor. Ambos cheios de amor, carinhos, sorrisos e arrepios a todo o momento. Acordamos de conchinha. Com lençóis brancos cobrindo nossos corpos. Com a janela aberta as cortinas se mexiam conforme o vento passava por elas. Começamos a acariciar nossos rostos, ele com sua mão suave passando pela lateral do meu rosto, fechei meus olhos e adormeci. Ele levantou-se, vestiu um samba-canção. Depois, voltou para a cama, com um café para mim, em uma bandeja. Ele a põe na cama e abre as cortinas, um tempo nublado, sem sol, as folhas secas e alaranjadas das árvores caíam. Senti ele me dando um selinho. Abri meus olhos e olhei para ele com um sorrisinho. Peguei o café, dando leves goles para não queimar minha boca. Quando terminei, fui para a beirada da cama, me juntando a ele que estava sentado na ponta, e dei um beijo na sua nuca, abraçando-o por trás. Levantei-me da cama, com o lençol enrolado sobre meu corpo. Ele foi para a varanda, com seu violão e começou a tocar uma música calma, tranqüila e ficou observando as folhas sobrevoando o ar até caírem no chão. Fui para a varanda fazer companhia para ele, sentindo a brisa batendo em mim e fazendo calafrios. O sol estava se pondo na colina que se estendia por um pasto com cães correndo.

8 de junho de 2009

Imaginação.

Estou vivendo num contratempo. Será que estou fazendo o certo? Não. Claro que não. Eu sei que não. Talvez é o saber que me faz querer continuar. Teimar num mesmo ponto não é muito favorável, posso não me dar bem, posso não adquirir resultados com isso. Eu sei, devo parar, mas não dá. Há algo que impede que eu reverta a situação e, sinceramente, não sei o que é.
Diachos! Eu me imagino numa rua sem saída e sem porta alguma, apenas arranha-céus e uma escada que leva ao topo do prédio. Se eu subisse essa escada, na minha imaginação, será que eu teria algum tipo de visão? Uma visão que clarearia minha cabeça, meus pensamentos, para então ter uma noção do certo e errado? Do real e irreal? Ou teria apenas mais pensamentos? Vagas lembranças de uma vida surreal. De uma vida que você inventou. Quem nunca imaginou uma vida para si, que atire a primeira pedra. Seja aquele sonho não realizado, aquele amor rejeitado ou aquele laço de amizade quebrado. Ou um sorrriso falso, um abraço fraco, um olhar afastado...distante. Distante de tudo e de todos.
Imaginar algo é tão comum quanto dois mais dois é quatro. E imaginar é tão bom quanto uma cerveja gelada. Mas imaginar demais não é muito prazeroso. Você acaba vivendo uma coisa não vivida.

Sem rumo.

Me vejo sem saída. Sem ninguém. Única coisa que me resta é andar, andar e andar. Andar no cair da noite. Na noite escura e fria. Apenas você, seu casaco, seu salto e sua única garrafa de whisky que sobrou. E assim vai até ver o sol nascer, então eu retorno para a minha vida. Para minha casa. Para a rotina diária. Aquele trabalho chato e monótono, com um sorriso sarcástico na cara, evitando todo mundo, rezando para que meu trabalho acabe logo, para que possa ir para casa viver a minha vida que eu chamo de normal. Começo a andar novamente, aquela multidão ao seu redor, mas para mim, não...para mim eu estou sozinha. Sozinha no meio de milhares de pessoas.