30 de maio de 2011

Happiness.

Sexta-feira de madrugada. Indo para uma casa de campo, longe da civilização, do trânsito congestionado, da rotina diária. Era onde estávamos indo passar um final de semana entre amigos. Sabe aqueles programas de casais? Pois bem, mas eu estava indo de carona com um amigo. Tivemos um passado, sim, mas somos apenas amigos, certo? Errado. Vou explicar-lhes o porquê ao decorrer desta pequena história do maravilhoso final de semana...

Sexta feira de madrugada a caminho da casa de campo de uns amigos nossos. Até que o carro do meu amigo resolve pifar e não pega de jeito nenhum. No meio do nada, uma pequena serração, um frio de pedrificar o nariz e rachar os lábios.
- Vamos ter de andar até achar um lugar para ficar - falei para ele, olhando a brisa lá fora.
Ele tirou a chave da ignição e saimos do carro. Fechei meu casaco e cruzei meus braços apertando contra meu peito e senti os braços dele em minha volta, andando junto comigo. Meia hora de caminhada que parecia eterna e achamos um desses motéis de beira da estrada. Pegamos um quarto e como só havia uma cama de casal, dividimos. Deitei de um lado me enfiando debaixo dos edredons quentinhos e ele deitou-se do lado.
- Obrigada por antes... Por me proteger do frio.
- Não precisa agradecer, só fiz o que todos os cavalheiros fariam - ele se virou para me olhar, apoiando o braço na cama e segurando o peso do corpo. - Então, vais me dizer por que seu namoro terminou?
Essa pergunta me pegou de surpresa. Eu sei o motivo, mas não quero falar.
- Ah... Apenas não deu certo, sabe, estava com ele mas ao mesmo tempo não estava.
- Sei bem o que é isso.
- Sabe?
- Sei... Porque enquanto estou aqui com você, eu realmente estou aqui. Ouvindo sua respiração, suas palavras, observando seus gestos. Estou aqui em carne, osso e mente. Quando eu estava com as outras eu não estava com elas. Poderia estar em carne e osso, mas não prestava atenção.
- Oh... - Engoli em seco e senti meu peito se estufar com um suspiro, e meu coração pulsar mais rápido.
- A verdade é que, sempre te amei. Mesmo depois de todo esse tempo, meus sentimentos por você não mudaram. Sempre te amei e te amo.
Num gesto rápido fui para perto dele e o abracei apoiando minha cabeça no seu peito, deixando minhas lágrimas escorrerem.
- Então, somos dois. Desde lá, tentei te esquecer, esquecer o que passamos, mas não deu. Não poderia esquecer, porque também te amo, e sempre amei. - Senti os braços dele me envolvendo e apertando contra seu corpo. - E é bom esse abraço se repetir mais vezes, porque fazia muito tempo que eu não me sentia... Segura. Protegida e feliz.
Ele me deitou na cama e veio por cima de mim, passando sua mão na lateral do meu rosto, enxugando minhas lágrimas. Seu rosto se aproximando do meu. Nossos olhos se encontrando. Seus lábios encostando nos meus. Sua mão passeando pela lateral do meu corpo. As minhas unhas passeando pela suas costas nua.
E assim foi nosso final de semana, mais que amigos. Amantes.

Um comentário:

Anônimo disse...

só faltou uma coisa nesse texto.