Noitada.

Qual a sensação de você se arrumar, sexta-feira de tarde até de noite, para ir a um Baile do Chopp, torcer para A Garota JP Na Festa, aquela torcida organizada, a torcida mais animada, ganharia 30 litros de chopp, e depois, os jurados fariam a votação da mais bela. Nem um, nem outra coisa. Não ganhamos os 30 litros de chopp, e a nossa candidata não ganhou, apesar das grandes chances que ela tinha. Gritar e gritar mais alto, ficar sem voz, e depois, partir para o álcool. O sagrado líquido. O chopp. "Dançar" com os amigos e combinar de ir para a casa de alguém. Isso não me animou muito, eu teria de estar em casa as dez horas da manhã, mas, fui tomada pela diversão e fomos. Era no quinto dos infernos, quase na outra cidade. Fizemos risoles para comer, até o cachorro se beneficiou disso. O cachorro... Era tão lindo! Enfim, eu deitei no chão da sala, no tapete macio e gostoso, mas naõ adormeci, eu não queria dormir, essa etapa eu venci, não adormeci uma vez se quer, ao contrário de minha amiga, que deitou no mesmo tapete que eu e desmaiou. Ficamos vendo MTV e rindo muitos dos clipes idiotas e ridículos que passavam. Um e outro se salvavam. O céu estava clareando. Eu e mais três pessoas acordadas, as outras duas haviam desmaiado. Tomamos café..com leite e sem açúcar, o que não me favoreceu. Eu tomo preto e com açúcar. E a aflição tomou conta de mim, eu não queria voltar para casa, mas eu tinha essa responsabilidade. Táxi? Sim, eu poderia chamar um, mas não saberia me localizar e o pior, com certeza quinze reais não daria para essa corrida. Fui a pé. Com aquela bota de salto alto, mas mais do que eu andar feito uma lerda e chegar em casa depois das dez, não aconteceria. Por sorte... Um amigo me reconheceu e deu uma carona até em casa. Mal sabe ele o quão grata eu fiquei por isso.