23 de junho de 2009

Solidão.

Ela estava certa de que algo a perseguia. Pelas ruas movimentadas e alegres de New York, lá estava ela. Uma mulher não muito diferente das demais, porém havia algo nela que não havia nas outras. Sua bota, seu perfume, seu casaco, eu não sei. Algo fez com que a rua parasse para olhá-la. Estava saindo de seu trabalho, com uma penca de papéis nas mãos. Atormentada. Suas expressões eram de puro estresse. Estava indo para casa e depois teria um encontro. Um encontro com o mais temido da história musical. Um encontro com o rock. Estava indo para um show da banda de seus amigos quando foi tomada por uma onda de perplexidade. Decidiu ir ao show. Chegando lá não encontrou ninguém. Apenas ela, o palco, e o lugar vazio. Espere, havia algo. A mesma coisa que ela sabia que a perseguia. Girava e girava e não apareceu ninguém. Não era um humano, nem um animal. Apenas ela e a solidão.

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