22 de junho de 2009

Caótico extremo e mais melódico.

Uma parte da entrevista com a banda alemã: Kreator.

Quando o Kreator toca na América do Sul, vocês sempre falam que é uma grande experiência pelo entusiasmo dos fãs. Como você compararia o Brasil de hoje com o daquela época em que vocês vieram pela primeira vez, quando sequer tínhamos estrutura para receber as bandas?
Miland "Mille" Petrozza: As coisas estão melhorando muito nesse sentido e o Brasil está num nível profissional elevado ultimamente. Não dá para comparar com a época em que fomos para aí pela primeira vez, em 1991. Agora as coisas estão bem profissionais, as pessoas sabem trabalhar bem e têm total capacidade de lidar com o equipamento disponível. Além disso, temos uma equipe bastante profissional. Estamos prontos para tocar em qualquer lugar!

Que tipos de diferença vocês sentem tocando no Brasil e em outros países da América do Sul, como Peru, Colômbia, Chile e Argentina?
Mille: O Brasil tem os fãs mais leais e os mais loucos. Não estou dizendo que os outros não sejam assim, mas no Brasil é diferente. Acredito que o Brasil e a Grécia são os países onde o Kreator tem os fãs que realmente entendem o que é a banda.
[...]
Falando em fãs, como é a relação da banda com quem não é leal a ela, já que vocês perdem muito dinheiro em venda de discos por causa da internet?
Mille: Nossos fãs são leais. Temos aqueles que nos seguem desde o início, mas também conquistamos novos fãs. No geral, eles não se contentam com algo de baixa qualidade daqueles MP3 de merda da internet, eles querem o áudio verdadeiro. Você só entenderá o álbum se tivê-lo em mãos e não baixando-o da internet. Aliás, essas pessoas estão roubando material de baixa qualidade e não adquirindo a coisa real. Quando você vai ao cinema, quer ver o filme verdadeiro, com tudo a que tem direito, e não uma merda de uma cópia mal feita em DVD. Bem, algumas pessoas aceitam este tipo de coisa nuam boa e outras não. Temos fãs que não fazem downloads e compram o material original, da mesma forma que temos aqueles que baixam e depois compram o original e ainda os que baixam e não compram nada. Isso é algo que não podemos controlar.

Mas você não acha que agora muitas pessoas que já se sentem satisfeitas de terem apenas os MP3 e não o material físico original e completo?
Mille: Como eu disse, não existe controle e a internet pode lhe "dar" muita coisa de graça. Existem pessoas que não têm dinheiro para gastar e outras que são baixas, mesmo, mas o que precisa ser entendido é que quem faz isso tem que ter consciência de que está prejudicando a banda. Isto significa que elas precisam saber que se no futuro não for lançado nenhum álbum das bandas que elas apreciam, talvez seja pelo fato de que esses grupos não tenham mais dinheiro para produzi-lo e lançá-lo. Se você quer destruir a cena, vá lá e peque seus MP3, faça os downloads de graça na internet. Se quiser ajudar a cena, compre os discos originais.
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É povo, comprem as merdas dos discos, o que custa? (risos).

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